Foi residência de Sebastiana de Mello Freire, de 1920 a 1961. Lá, Dona Yayá, como era conhecida, viveu até os 74 anos, reclusa. Até hoje, sua história provoca a curiosidade de visitantes e de moradores da região.
Do ponto de vista histórico-cultural, a casa está diretamente ligada à construção da região do Bexiga e pode ser considerada uma das únicas propriedades remanescentes do período em que o local se destinava a propriedades rurais.
Além da história de confinamento psiquiátrico privado de Sebastiana de Mello Freire, que exemplifica por meio das reformas para abrigá-la o modo como a loucura era tratada no início do século XX, a relevância da propriedade se dá pela conservação das características de casas típicas deste período, com os afrescos e pinturas parentais conservados por meio dos processos de reparação do Centro de Preservação Cultural da Universidade de São Paulo.
Lendas
A Casa da Dona Yayá ganhou ainda a forma de lenda para a cidade. Graças a contribuição da população local com rumores e alegações paranormais sobre a casa, a mesma passou a ser citada em muitos roteiros dados como mal assombrados da cidade de São Paulo.
Entre as tragédias sobre a vida de Dona Yayá, há relatos sobre seus delírios, onde expõem seus choros, seus surtos e tentativas de ferir-se com objetos. Através de tais fatos, aliado a muitas descrições sórdidas sobre o aspecto do local, surgiram muitos boatos sobre um porão mal assombrado na casa, e ainda, ser possível ouvir os gritos da mulher, que de tempos em tempos, aparece na janela.
A Casa de Dona Yayá abriga, hoje, o núcleo do Centro de Preservação Cultural da Universidade de São Paulo, sendo 4 dos 13 cômodos acessados somente por funcionários da instituição.
O Centro de Preservação Cultural (CPC), concedida sua organização e acentuado planejamento de extensão universitária, como cursos, oficinas, seminários, palestras, exposições e publicações, estabelece-se como renome nacional a cerca das questões do patrimônio cultural, proporcionando a oportunidade aos alunos da Universidade de São Paulo de executarem estágios supervisionados nas áreas de arquitetura e urbanismo, ciências humanas, artes plásticas, pedagogia e comunicação social. Essas ações possibilitam as práticas de influência cultural e inclusão social.
O local é aberto à visitação de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. Além de visitas guiadas marcadas antecipadamente, o local realiza encontros culturais aos domingos, como exposições e apresentações de música.
Em 2016, a Casa de Dona Yayá passou por uma reforma estrutural para a instalação de equipamentos de acessibilidade.
Rua Major Diogo, 353
Seg a sex: 9h às 17h